
Um grupo de cientistas divulgou nesta terça-feira na Grã-Bretanha um projeto para a construção de um telescópio espacial que substituiria o Hubble. O projeto poderá contar com a participação do Brasil.
O nome do projeto é Observatório Espacial Internacional e seria lançado depois que o Hubble fosse desativado, dentro de alguns anos.
Martin Barstow, professor do departamento de Física e Astronomia da Universidade de Leicester, disse que o Brasil foi um dos países que manifestaram interesse em participar do Observatório Espacial Internacional. Segundo o professor, a participação brasileira pode ocorrer na construção do telescópio, contribuindo com recursos.
Se o Brasil não tiver recursos, poderá, em um segundo estágio, solicitar a participação de cientistas brasileiros nos trabalhos de pesquisa.
"Não existe uma contribuição mínima que será exigida dos países. O Brasil tem uma importante comunidade na área de astronomia e será bem-vindo ao projeto", disse o cientista.
Desativado
A decisão da agência espacial americana, Nasa, de desativar o Hubble mais cedo do que o esperado decepcionou muitos cientistas, que vão perder acesso ao que alguns dizem ser o melhor instrumento para astronomia desde que Galileu Galilei inventou o telescópio.
Uma equipe de cientistas entusiastas do Hubble buscam agora apoio político e financeiro para um telescópio que desempenharia algumas das tarefas do telescópio hoje no espaço.
O conceito do Observatório Espacial Internacional conta com o apoio de mais de 20 países, inclusive África do Sul, Argentina e México.
Os astrônomos afirmam que essa seria a primeira missão espacial verdadeiramente global e custaria cerca de US$ 400 milhões, cerca de 10% do custo do Hubble.
O novo telescópio estudaria corpos celestes que emitem radiação ultravioleta, ou seja, aqueles com temperaturas muito altas como estrelas e galáxias.
Como a Nasa está concentrando seus esforços para a exploração espacial em possíveis viagens tripuladas, o sucessor oficial do Hubble, o Telescópio Espacial James Webb, programado para lançamento em 2011, não tem capacidade para imagens ultravioleta.
Essa capacidade permitiu no passado a observação de estrelas anãs brancas em órbita de estrelas normais, revelando sua composição, e a descoberta de que a maioria das estrelas está envolvida em gás quente, como a coroa do Sol.
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